Calma, é um novo tempo

Gabriel Contin

São 14 jogos oficiais em 2013 com 13 vitórias e um empate. A única equipe da primeira divisão invicta no Brasil... Esta é a campanha do Cruzeiro neste ano. O Mineiro e a facilidade inicial da Copa do Brasil poderiam até explicar o bom começo de temporada, mas não é isso o que realmente deve deixar o torcedor celeste esperançoso para as próximas batalhas. Sendo chato com quem persiste em viver do céu ao inferno no mundo do futebol, quem viveu com Vagner Mancini, Amaral, Fábio Lopes não tem o direito de reclamar do que está sendo feito para essa nova época.

Após a simples vitória de ontem sobre o Resende, por 2 a 1, em jogo válido pela segunda rodada da Copa do Brasil, com uma atuação digamos "desinteressada", alguns torcedores, como de costume, criticaram o padrão tático do time e alguns jogadores. Para se ter ideia do exagero, teve gente colocando a culpa da não eliminação do jogo de volta na conta do zagueiro Léo. O gol dos cariocas saiu em virtude de um chute rasteiro, de fora da área, onde a bola desviou no defensor celeste e acabou enganando o goleiro Fábio.

Está certo que o cruzeirense ficou mal acostumado por um bom tempo, mas o aficionado tem que ter mais calma. Lembremos que o time é novo, todo reformulado, com uma nova postura e, por isso, é até normal haver inconstância nas atuações. Um simples lembrete aos pitaqueiros: naquele espetacular ano de 2003, o Cruzeiro precisou de dois jogos para eliminar o Corinthians de Caicó pela segunda fase da Copa do Brasil.

Grandes reforços...

Depois de um tempo sem movimentar o mercado, o Cruzeiro voltou a fazer grandes contratações. Além de Diego Souza, Dagoberto e Éverton Ribeiro, o clube fez, na minha opinião, a melhor transação do país. Quem imaginaria depois de quase dois anos turbulentos que trariam o selecionável Dedé para a defesa? Para ser sincero, se tivessem me falado isso no começo do ano passado, começaria a rir.

O torcedor tem que dar muito valor ao que a diretoria está produzindo neste ano. A filosofia foi completamente mudada para dar ao Cruzeiro o caminho que sempre trilhou. Alexandre Mattos vai construindo uma identidade ousada, inteligente e decisiva que faz lembrar os bons tempos da era Perrela, nos anos 1990. Dr. Gilvan, que várias vezes critiquei, é um senhor apaixonado pelo clube que dirige, um aposentado que não tem interesses alheios ao futebol e, como já disse, "só quer saber do Cruzeiro".

Nenhum comentário:

Postar um comentário