Zagueiro, que ergueu o troféu na conquista em 1997, reafirma
importância do foco e vê camisa 10 como possível protagonista

Vinícius Dias

Quarta-feira, 13 de agosto de 1997. Nas arquibancadas do Mineirão, mais de 100 mil torcedores cruzeirenses comemoram o segundo título da Copa Libertadores. No gramado, o capitão Wilson Gottardo ergue o símbolo da reconquista da América e crava, de forma definitiva, seu nome na história azul celeste.

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17 anos depois, o enredo de tropeços na primeira fase é repetido - em 1997, a Raposa perdeu os três primeiros jogos, se classificando no segundo lugar. Com quatro pontos em quatro jogos, a equipe comandada por Marcelo Oliveira precisa de seis pontos nas rodadas finais para chegar às oitavas de final. "É um momento dificílimo. Os dois cenários - de 1997 e 2014 - são muito parecidos", afirma Gottardo.

Gottardo: o símbolo do bi, em 1997
(Créditos: Cruzeiro/Arquivo/Divulgação)

"Acredito que, hoje, vai haver um empenho maior da equipe chilena, pela possibilidade de eliminar o Cruzeiro. É algo que o Grêmio tentou fazer em 1997, e não conseguiu. E, na sequência, acabamos eliminando o Grêmio", recorda. As palavras do capitão do bi, a convite do Blog Toque Di Letra, atenuam a tensão, permitindo ao torcedor azul estrelado sonhar com um desfecho semelhante.

Passo a passo

A receita para que o clube celeste supere a La U, em partida às 20h45, o 'veterano' Gottardo, agora treinador, traz na ponta da língua. "É preciso calma, muita calma. E, ao mesmo tempo, deve haver disciplina tática com boa leitura individual de jogo. O time não pode 'desligar' do jogo nem um segundo", pontua o ex-camisa 22.

Camisa 10 é esperança de Gottardo
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

Acostumado ao posto de líder, muito por aliar raça e talento, Gottardo vê em dois atletas do elenco celeste o perfil de protagonistas. "Não é tão fácil apontar um líder. Mas vejo o Júlio Baptista, por histórico, por experiência, em condições de assumir essa responsabilidade, de bater no peito e dizer 'vamos fazer e acontecer nesse jogo'. Além do Fábio, que já é um líder", acrescenta Wilson.

De alma azul...

À noite, apesar da distância física, o capitão do bi, em 1997, se soma a outros oito milhões de cruzeirenses na torcida pelo time. "O torcedor do Cruzeiro a todo momento mantém contato comigo. Por isso, eu ainda me sinto emocionalmente próximo", conclui.

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