Campeão em 2013, clube estreia hoje na Libertadores 2015;
Grupo 1 do torneio também tem Colo-Colo, Atlas e Santa Fé

Tiago de Melo

O sorteio dos grupos da Libertadores levou o Atlético a um grupo sem confrontos fáceis. Não que o time terá rivais de peso, pois, na verdade, trata-se de adversários acessíveis. Mas nenhuma das equipes que o Galo enfrentará nesta primeira fase se apresenta como um adversário fácil. Os comandados de Levir Culpi são favoritos à classificação, mas precisarão jogar um bom futebol e suar muito a camisa.


Dos rivais do Atlético, o mais tradicional (e potencialmente perigoso) é o Colo-Colo. Maior vencedor da história do futebol chileno e único clube do país a levantar uma Libertadores, em 1991, o Albo espantou um jejum de cinco anos sem vencer a liga local, levantou o Clausura 2014 e se perfila para fazer uma boa campanha na edição de 2015 da principal competição continental.

Suazo: faro de gol a serviço do Cacique
(Créditos: Site Oficial do Colo-Colo/Divulgação)

A equipe é comandada pelo ídolo Hector Tapia, em seu primeiro trabalho como técnico. O time é experiente e tem jogadores conhecidos, como o goleiro Justo Villar, ex-seleção do Paraguai e Estudiantes; Beausejour, da seleção chilena; Fierro, ex-Flamengo; e o atacante Esteban Paredes. Para 2015, chegam mais dois atletas experientes: o zagueiro Cáceres, vice da Libertadores pelo Nacional/PAR, em 2014, e o 'mítico' atacante Humberto Suazo, ex-jogador da seleção nacional. Com uma equipe tão tarimbada, o Colo-Colo será 'osso duro' para qualquer rival.

Santa Fé 'faz história'

Também perigoso é o Santa Fé. Não apenas por contar com a altitude de Bogotá e ser um clube colombiano - o que geralmente significa ao menos um certo nível de imprevisibilidade e talento. Sob o comando do argentino Gustavo Costas, os 'Cardenales' tiveram um dos melhores anos de sua história, vencendo a liga local e chegando ao vice-campeonato da Copa Colômbia. Embora tenha perdido atletas como Jefferson Cuero e Wilder Medina, a equipe se reforçou e não deve ser adversário fácil.

Santa Fé aposta em elenco experiente
(Créditos: Independiente Santa Fé/Divulgação)

O Santa Fé mescla jogadores experientes, como os zagueiros Otálvaro, ex-Tolima, e De La Cuesta, o meio-campista Arias e o atacante Morelos, com outros mais jovens, como os defensores, Mosquera, Roa e Meza. A equipe fez diversas contratações para este ano, como o jovem atacante Quiñones, ex-Cúcuta, e repatriou o avante Rivera, que estava no futebol mexicano. Tem tudo para tentar fazer uma boa campanha na Libertadores deste ano.

Altitude e longa viagem

Fechando o grupo, há o Atlas, um clube que, independente da formação que levar a campo, dificilmente será batido, ao menos em casa. A longa distância, a altitude de Guadalajara e o fanatismo da torcida do rojinegro compõem um cenário complicado para qualquer rival. Mas, neste ano, em particular, é possível que essas sejam as principais dificuldades oferecidas pela equipe mexicana.

Castillo: lateral é peça-chave do Atlas
(Créditos: Club Atlas Guadalajara/Divulgação)

No Apertura 2014, o clube foi eliminado nas quartas de final. Para 2015, chegaram atletas veteranos, como Juan Pablo Rodriguez e Carlos Ochoa, ambos com passagens pela seleção do México, além do argentino Walter Kannemann, reserva do San Lorenzo campeão da Libertadores 2014, e do (obscuro) atacante brasileiro Keno, que estava na reserva do Santa Cruz. Se juntam a outros jogadores experientes, como o chileno Rodrigo Milar, destaque da equipe, e o equatoriano Christian Suarez. Um elenco muito tarimbado, e que certamente fará boas exibições em seus domínios, mas dificilmente irá longe no torneio.

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