Por que acreditar no Cruzeiro?

Douglas Zimmer

Salve, China Azul!

Nesta quarta-feira, começa a segunda fase da Copa Libertadores para o Cruzeiro. E, logo de cara, o atual campeão nacional vai enfrentar uma das suas maiores pedras no sapato. O chaveamento reservou para a Raposa nada mais nada menos que o São Paulo. E cruzeirense que acompanha o time sabe o quão difícil tem sido encarar os paulistas nestes últimos anos. Mas será que todo esse receio é necessário? Pelo menos quatro motivos indicam que não.

Início de temporada

O São Paulo teve o segundo pior começo de ano entre as 11 principais equipes da Série A do Brasileirão. Para essa estatística, consideramos o grupo formado pelos dois mineiros, a dupla gaúcha, o trio carioca e os quatro grandes paulistas. Das 25 partidas que disputou na temporada, o time perdeu sete. Apenas o Fluminense teve um início pior do que o do clube do Morumbi, com sete derrotas em 19 jogos.

São Paulo foi vice brasileiro em 2014
(Créditos: Ale Cabral/Light Press/Textual)

Das sete derrotas do tricolor paulista, cinco foram para clubes da série A: Flamengo, Santos, Palmeiras e Corinthians (duas). Nos demais jogos com clubes da primeira divisão nacional, um empate contra o Santos, vitórias diante de Vasco, Corinthians e Ponte Preta. Dessa forma, nos embates contra equipes da elite nacional em 2015, o São Paulo soma três vitórias, um empate e cinco derrotas.

Comando técnico

Muito se fala sobre o futuro do comando técnico do tricolor. Depois que Muricy Ramalho entregou o cargo, a diretoria do São Paulo fez algumas tentativas e não obteve o sucesso esperado. Sabella foi contatado, mas enrolou o clube por um bom tempo e deixou torcida e diretoria receosas. Como o argentino acabou não aceitando a proposta, Milton Cruz acabou sendo mais uma vez o responsável por 'apagar o fogo' e assumir a vaga, pelo menos de maneira interina.

Milton comandará o tricolor amanhã
(Créditos: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Longe de ser mau profissional, Milton Cruz pode ser o técnico que o São Paulo precisa. A indecisão quanto ao comando do time, contudo, pode ter consequências nos bastidores do clube.

Decisão no Mineirão

Por ter se classificado em 1º no seu grupo, o Cruzeiro levou consigo a vantagem de poder decidir, pelo menos este confronto, em casa. Em se tratando de Libertadores da América, isso pode ser um fator decisivo, em especial em um duelo tão equilibrado. A Raposa poderá compensar a falta de entrosamento com inteligência, aproveitando o regulamento.

Desfalques

Com grupo fechado, e sem a contratação do tão falado meia de criação, Marcelo Oliveira não deverá ter nenhum novo problema para escalar o time para o primeiro jogo das oitavas. Leandro Damião vem se recuperando e deve ir para o jogo. Do lado paulista, Luis Fabiano, Dória e Hudson eram ausências certas. E o meio-campista Michel Bastos, um dos destaques do tricolor, foi vetado nesta terça.

Leandro Damião volta ao time celeste
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Não espero - e imagino que o torcedor cruzeirense também não esteja esperando - qualquer facilidade. Mas é hora de confiança. E, se as duas equipes chegam nesta fase sob desconfiança de torcida e imprensa, que prevaleça o futebol que o Cruzeiro mostrou nos últimos anos e que não pode ter sido esquecido no caminho.

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