Com acordo desta semana, equipes já incluíram 16 atletas em
trocas desde 2007; a maioria comemorou títulos em nova casa

Vinícius Dias*

Clubes homônimos entre as décadas de 1920 e 1940, que marcou o fim da era de Palestras, Cruzeiro e Palmeiras têm mantido ao longo dos anos um intercâmbio que transcende a raiz italiana. Os laços abriram, inclusive, um caminho pouco comum no mercado nacional: o das trocas. Desde 2007, o alviverde paulistano e a Raposa já realizaram cinco negócios, incluindo 16 jogadores. A julgar pelo histórico, Fabiano, Fabrício, Lucas e Robinho, os personagens do mais recente acordo, têm vários motivos para sorrir na chegada aos novos clubes.


Levantamento feito pelo Blog Toque Di Letra apontou que dez dos 12 atletas envolvidos nas trocas anteriores alcançaram pelo menos um título com a nova camisa. As exceções foram o lateral-direito Vitor e o atacante Wellington Paulista, negociados em 2011. A aura positiva começou com a transação fechada em 2007: o lateral-esquerdo Leandro e o volante Martinez foram campeões do Paulista de 2008 pelo Palmeiras, mesmo ano em que o meia Marcinho conquistou o Mineiro pelo Cruzeiro.

Robinho e Lucas: do Verdão para a Toca
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Um novo negócio, envolvendo dois zagueiros, ocorreu em 2010: Leandro Amaro conquistou a Copa do Brasil de 2012 pelo Verdão, enquanto Léo é bicampeão estadual e brasileiro pela Raposa. O ano mais movimentado foi 2013, com duas trocas e cinco atletas ao todo. Chegaram a BH o volante Souza e o atacante Luan, campeões brasileiros em 2013 e do Mineiro em 2014. O Palmeiras ficou com o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira, o volante Charles e o meia-atacante Ananias, personagens da conquista da Série B alviverde naquela temporada.

Intercâmbio desde 1921

O intercâmbio entre os clubes tem traços históricos. De 1914, o Palestra Itália paulistano colaborou com o homônimo da capital mineira, que é sete anos mais novo, também à época de sua fundação. "O de São Paulo emprestava alguns jogadores ao mineiro em alguns jogos comemorativos ou importantes", aponta o historiador ítalo-brasileiro Anísio Ciscotto Filho, conselheiro nato do Cruzeiro.

*Atualizada às 12h10

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