O copo meio cheio do América

Vinícius Dias

"A gente mudou a postura, o Enderson (Moreira) tocou na nossa ferida e estamos conseguindo reagir", afirmou o meio-campista Juninho, herói do América no triunfo diante do Santos, por 1 a 0, no último domingo. São apenas 20 dias de trabalho, com o terceiro treinador da temporada ainda visando ajustar suas ideias às peças que o elenco americano oferece, mas fato é que os números vêm agradando. Três rodadas de invencibilidade e 55,5% dos pontos conquistados.


Há dez dias, mais posse de bola, bloqueando bem as ações do Grêmio e buscando as laterais do campo para o contra-ataque. Na quarta-feira, no empate contra o Sport, aposta no jogo reativo e golaço em lance entre o meia-atacante Matheusinho e o lateral-esquerdo Danilo. Na última rodada, menos bola nos pés que o Santos e gol na terceira finalização certa. São três faces de um América ainda em construção, mas que dá sinais de vida pela primeira vez no Brasileirão.

Em Recife, Coelho empatou com Sport
(Créditos: Carlos Cruz/América FC/Divulgação)

Com cinco pontos, o Coelho teve sua melhor série no torneio e o terceiro melhor aproveitamento nas últimas três rodadas - superado somente por Atlético, com nove pontos, e Flamengo, com sete, e igualado por Sport e Figueirense. Projetando o returno - disputará dez jogos em BH, incluindo dérbi de mando do Atlético -, manter a média significaria mais 32 pontos. Missão dura. Mas, com 45 pontos, a chance de queda é de 7%, segundo projeção do Departamento de Matemática da UFMG.

A distância de oito pontos para o 16º é copo ainda meio vazio.
Mas agora há um copo meio cheio: o time que dá sinal de vida.

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