De acordo com levantamento do historiador Carlos Paiva, duelo deste
domingo será o 46º ao longo dos 66 anos de clássico no Independência

Vinícius Dias

América e Cruzeiro escreverão neste domingo, às 16h, o 46º capítulo da história do clássico no Independência. Iniciado há mais de seis décadas e marcado pela superioridade da Raposa, o retrospecto dos 45 confrontos anteriores no estádio do Horto contempla goleadas celestes nos anos 1950, o surgimento do ídolo alviverde Jair Bala e também longos hiatos, diretamente associados à história do futebol belorizontino. No estadual, o embate mais recente traz boas lembranças para o Coelho.


De acordo com levantamento do historiador Carlos Paiva, autor da Enciclopédia do América, o primeiro duelo no Independência remonta a abril de 1951, menos de um ano após a inauguração do estádio. O América venceu por 3 a 1, com dois gols de Harvey e um de Lafaiete, enquanto Nonô descontou. Com três gols, Harvey é um dos cinco artilheiros americanos ante o Cruzeiro no Horto. A lista tem nomes como o ídolo Jair Bala, que despontou marcando em três dos cinco duelos entre 1964 e 1965.

Jair Bala, à esquerda: carrasco da Raposa
(Créditos: Fael Lima/Alterosa Esporte/Reprodução)

O retrospecto traçado pelo historiador aponta 19 vitórias celestes, 14 empates e 12 triunfos alviverdes. Em 45 duelos, a Raposa balançou as redes 73 vezes, 14 a mais que o Coelho. As maiores goleadas aconteceram na década de 1950, pró-Cruzeiro: vitórias por 5 a 1 em junho de 1952 e em agosto de 1956. Palco de duelos memoráveis e até de partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro, o estádio, curiosamente, jamais recebeu uma decisão estadual entre os dois clubes.

Hiato no início da 'era Mineirão'

A temporada com mais embates foi 1959: nove, com duas vitórias para cada e cinco empates. O clássico ficou longe do estádio por dois longos períodos: o primeiro entre agosto de 1965, dias antes da inauguração do Mineirão, e junho de 1991, três anos após a assinatura do convênio de cooperação técnica-financeira entre América e o então proprietário Sete de Setembro. O segundo de maio de 2008, quase dois anos antes do início da última reforma, a março de 2015, três anos após a conclusão das obras.

Em setembro, Cruzeiro levou a melhor
(Créditos: Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro)

Os duelos mais recentes aconteceram no ano passado: pelo Campeonato Mineiro, vitória americana por 2 a 0, em abril, encaminhando a classificação à decisão. Placar que o Cruzeiro devolveu em setembro, em jogo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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