Dupla de saída?

Vinícius Dias

Dez anos depois, o bom filho a casa deve tornar. Após quatro partidas e apenas um gol com a camisa atleticana, o atacante Araújo, de 35 anos, está próximo de definir a saída rumo ao Goiás, clube que defendeu entre 1997 e 2003. Anunciado sob os protestos dos atleticanos, o atleta deve rescindir, ainda nesta semana, o contrato com o clube mineiro. Para, na sequência, oficializar o retorno ao esmeraldino, com vínculo até o fim da próxima temporada.

As negociações, que têm sido conduzidas por Léo Rachid, empresário de Araújo, estão encaminhadas. Segundo apurou o Blog Toque Di Letra, o acerto salarial foi sacramentado na última quinta-feira, quando o agente esteve em Goiânia e deu sinal verde para a cúpula do Goiás. O atacante deve ser confirmado até quarta como principal reforço para a disputa do Campeonato Brasileiro.

Berola no Bahia?

Outro que pode deixar o clube mineiro é Neto Berola. Pouco aproveitado por Cuca, o atacante, de 25 anos, interessa a três times. Um deles, do exterior. Depois de ser sondado pelo próprio Goiás, o velocista voltou à mira do Bahia, que havia tentado contratá-lo em 2012. Curiosamente, o Esquadrão é arquirrival do Vitória, clube que o revelou. Ao contrário de Araújo, no entanto, o jogador deve seguir à espera de oportunidades na capital mineira.

Falta pouco - e falta muito!

Alisson Millo

A seleção brasileira, penta-campeã mundial, e que por muito tempo foi a mais temida e respeitada do planeta, com times capazes de fazer tremer as grandes potências vive um de seus piores momentos na história. Um empate dentro de casa, diante do Chile, em um Mineirão 'praticamente' lotado. Uma atuação capaz de dar calos nas vistas dos torcedores. Um primeiro tempo pífio e uma segunda etapa medíocre formam o mais atual capítulo deste cenário.

E essa desconfiança não é, assim, tão recente... E, na verdade, faz até bastante tempo. A ultima vez que os brasileiros acreditaram, foi na Copa do Mundo em 2006. O maravilhoso quadrado mágico, formado por Ronaldinho, Kaká, Ronaldo 'Fenômeno' e Adriano 'Imperador'. Todavia, no fatídico dia em que enfrentamos a França, do craque Henry e do gênio Zidane, as esperanças de todo o país caíram por terra... E até aqui, não foram reerguidas.

Carlos Alberto Parreira foi demitido. E assumiu Dunga, com o discurso de renovação. O capitão do tetra nunca foi unanimidade apesar do trabalho que não pode ser considerado tão ruim. O problema do técnico foi o não atendimento ao apelo dos torcedores para convocar as revelações Paulo Henrique Ganso e Neymar para a Copa, em 2010 - e para não convocar Felipe Melo, que após a eliminação diante da Holanda foi apontado como grande "vilão".

Com o Brasil eliminado novamente e a comemoração do hexacampeonato outra vez adiada, Mano Menezes assumiu o comando da seleção. A tão conhecida desconfiança continuou rondando a amarelinha. O discurso de renovação permaneceu no papel e as esperanças seguiram "enterradas". Depois de um trabalho curto e completamente incoerente, o técnico foi demitido. Assumiu Luiz Felipe Scolari, o herói da conquista do penta, em 2002, na Ásia.

O desejo, ao tê-lo à frente, era resgatar o apoio do brasileiro. Uma boa ideia, que logo se provou falha. Cinco partidas (Inglaterra, Itália, Rússia, Bolívia e Chile) e apenas uma vitória contra o fraco time boliviano, vice-lanterna das Eliminatórias sul-americanas. A seleção está preparada para disputar a Copa em 2014?

Não! Se não vivia seus melhores momentos, em 2002, possuía jogadores capazes de mudar os rumos de um duelo. Ronaldo, Rivaldo e, a grande revelação à época, Ronaldinho. Hoje, a seleção ocupa a 19ª posição no ranking da Fifa, a pior colocação da história. Neymar, único jogador de destaque é um jovem de 22 anos. Que provou não suportar a pressão. Ronaldinho e Kaká, experientes, poderiam lhe dar apoio. Mas, o primeiro não brilha na seleção desde 2002, e o segundo raramente joga. Não há perspectiva de melhora.

Padrão: vale a pena?

Salve, China Azul!

Se tem algo que é falado frequentemente pela imprensa e pela torcida, e que eu não entendo, não concordo e acho que precisa ser revisto urgentemente pelos clubes, especialmente os brasileiros, é o tal do padrão de jogo. Vira e mexe alguém aparecem para criticar quem não tem e/ou enaltecer quem já o conquistou. Afinal, ter um padrão de jogo é, necessariamente, algo bom?

Pois eu acho que, até certo ponto, sim. Um elenco estar sincronizado com seu treinador e esse conjunto todo saber do que é capaz, conhecer bem cada peça entre si e possuir uma linha de raciocínio em comum é importantíssimo. Mas em contrapartida, o poder de improvisação, o elemento surpresa, a reinvenção constante do estilo de jogar, por exemplo, são tão importantes, ou mais, do que se ter uma tática bem definida, das que facilitam muito o trabalho de qualquer comentarista esportivo.

Muitas vezes nos deparamos com times que caem na armadilha de se apoiar em uma tática e não ter material humano e psicológico no banco de reservas capaz de ser acionado para reverter uma situação adversa ou segurar um placar que lhe é favorável. O Cruzeiro, de uns anos para cá, pode ser tomado como um claro exemplo disso.

Lembro que muitos reclamavam que o time do Roth não tinha padrão de jogo. Os jogadores pegavam a bola e não sabiam o que fazer com ela. Discordo. Eles pegavam a bola e procuravam Montillo. Esse era o padrão de jogo. Era um padrão pífio e falho, mas era um padrão. E esse é o erro de muitos e muitos times mundo afora. Achar a saída mais fácil, sobrecarregando o jogador mais técnico ou mais habilidoso e esperando que ele resolva a parada sempre.

Marcelo Oliveira já demonstrou, por mais de uma vez, que está trabalhando duro para conhecer cada peça que tem à disposição. O Cruzeiro segue em busca de um, dois, três, quatro, cinco padrões de jogo. É como se o treinador virasse uma chave e o time passasse a se comportar de outra maneira, respeitando uma orientação e sabendo o que precisa ser feito para conseguir ou para manter o resultado. Boa parte da "culpa" é da variedade e da qualidade do grupo que o treinador tem nas mãos.

Seguimos em busca de um time que possa se desconstruir e se reinventar dentro do curto espaço de um jogo de futebol. Sem desespero, sem bumba-meu-boi, sem a famosa tática de atacar em massa e defender em bando.  

Força, Cruzeiro!


Com seis brasileiros e quatro hermanos na disputa, inicia,
nesta quarta, a fase oitavas-de-final da Copa Libertadores

Vinícius Dias

Começa nesta quarta-feira a fase oitavas-de-final da Copa Libertadores. Confirmando o momento de destaque no cenário americano, o Brasil tem seis equipes classificadas entre as 16, e entra com a força máxima para conquistar o título pela quarta vez consecutiva. A Argentina segue com quatro times em busca do torneio que não festeja desde 2009. México, Uruguai, Peru, Paraguai, Equador e Colômbia têm um classificado cada. Entre os confrontos, se destacam o "replay" da última final, entre Boca Juniors e Corinthians, e o novo choque entre os 'brazucas' Atlético/MG e São Paulo.

VEJA MAIS: Rumo às oitavas...

Grande surpresa da fase de grupos, o Real Garcilaso, do Peru, encara o tradicional Nacional, do Uruguai. Depois de avançar com dificuldades, o Grêmio, dirigido por Vanderlei Luxemburgo, enfrenta o colombiano Santa Fé, que teve a segunda melhor campanha geral da competição. Líder do disputado grupo 4, o Vélez Sarsfield faz um confronto de difícil projeção diante do rival Newell's Old Boys, que conta com a boa fase do artilheiro Ignacio Scocco.

O Palmeiras, que se superou sob o comando de Gilson Kleina e garantiu o primeiro posto no grupo 2, enfrenta os mexicanos do Tijuana, que foram batidos somente pelo arquirrival Corinthians na primeira fase. Depois de classificar na última rodada, com o triunfo por 5 a 3 frente ao Libertad, o Tigre, da Argentina, encara outro clube paraguaio: Olimpia. Vencedor do grupo da "morte", o Fluminense, campeão brasileiro em 2012, enfrenta o Emelec, do Equador.

Paulistas eliminados

E no que depender das projeções da equipe do Blog Toque Di Letra, o tricolor carioca terá o confronto mais fácil entre os clubes brasileiros. O Palmeiras, por sua vez, será superado pelo Tijuana. Corinthians e Grêmio vencem Boca Juniors e Santa Fé, respectivamente, e se classificam. No duelo nacional, o São Paulo não repetirá a boa atuação do último jogo, e será eliminado pelo Atlético. O embate mais equilibrado será o confronto entre Vélez e Newell's, com vantagem para o time de El Fortín. Confira o placar de apostas:

Atlético Mineiro (5) x (2) São Paulo
Palmeiras (3) x (4) Club Tijuana/MEX
Corinthians (6) x (1) Boca Juniors/ARG
Vélez Sarsfield/ARG (4) x (3) Newell's/ARG
Deportivo Santa Fé/COL (2) x (5) Grêmio
Nacional/URU (6) x (1) Real Garcilaso/PER
Club Olimpia/PAR (7) x (0) Tigre/ARG
Fluminense (7) x (0) Club Emelec/EQU

Um jogo, uma história

Lucas Borges

Sensacional, épico, impressionante... Com atuação perfeita, o Bayern de Munique provou, novamente, que o futebol também é jogado com a bola fora dos pés. O placar de 4 a 0 na vitória sobre o Barcelona, de Lionel Messi, resumiu a aula tática dada pela equipe alemã. Com posse de bola inferior a 40% durante grande parte do embate, os comandados de Jupp Heynckes mostraram a importância da tática durante a partida. Foi uma vitória sem a bola.

Bem postado desde os primeiros minutos, o time bávaro deu show tático diante dos espanhois. A dupla de volantes, formada por Javi Martinez e Schweinsteiger, anulou os meias do time blaugrana, Xavi e Iniesta. Que, mesmo com posse de bola arrasadora desde o início do jogo, não levava perigo ao camisa 1: Neuer. E, assim, o Bayern viu que o caminho para vencer o Barça não era tentar tirar sua posse de bola, mas sim controlar suas ações.

Atrás tudo certo. E na frente, tudo perfeito. Foi assim que a goleada se formatou. Com a dupla Robben e Ribèry fazendo o que sabe bem: atuar de modo arrasador pelas laterais do ataque. Muller, que se movimentava no meio, e apresentava-se tanto para o francês quanto para o holandês, e Mário Gomez, autor do segundo gol, formaram a linha de frente bávara, que definiu o confronto da semifinal.

Foi o jogo de equipe. Todos atuaram bem e cumpriram seus papeis. Foi a partida perfeita. Atuação da qual o treinador se orgulhará. A imagem do revés para o Chelsea havia se tornado 'pesadelo' para os torcedores do Bayern. Mas agora, após o triunfo, o fantasma foi superado. Os alemães acreditam, cada vez mais, no título europeu. E basta saber quem será o adversário na final.


Com 16,8%, Flamengo "domina" o cenário nacional. Na região
Sudeste, Corinthians é lider; Cruzeiro quarto, Atlético sexto

Vinícius Dias

Atual campeão da Libertadores, o Corinthians segue em desvantagem na velha 'batalha' travada com o Flamengo pela preferência dos brasileiros. Clube predileto de 16,8% da população, o rubro-negro do Rio continua a ostentar a maior torcida do Brasil, enquanto o Timão representa 14,6%, conforme estudo divulgado pela Pluri Consultoria/Stochos. Curiosamente, eles são superados pelo total de brasileiros (20,8%) que não torcem por clube algum. Os mineiros Cruzeiro e Atlético aparecem em sexto e nono lugares, respectivamente.

(Créditos: Pluri Consultoria/Stochos/Divulgação)

Quando analisada somente a Região Sudeste, no entanto, este quadro é alterado. E o alvinegro paulistano, com 20,3% da preferência, assume a liderança, enquanto o Flamengo detém 15,6%. O São Paulo aparece no terceiro lugar, com 11,1%. O tricolor paulista está à frente do Cruzeiro, que soma 8,5% da preferência. O Atlético é o sexto colocado, figurando como equipe de 5,6% dos brasileiros. Vencedor de duas das três últimas edições do Campeonato Brasileiro, o Fluminense fica em nono lugar, com 2,4% da predileção nacional.

Paulistas à frente

Ainda de acordo com a pesquisa, realizada entre os meses de novembro passado e fevereiro de 2013, a Região Sudeste é dominada pelas equipes paulistas, que somam 44% dos torcedores, enquanto 16% da população não torce por equipe alguma. Por outro lado, os mineiros respondem por 15% da preferência (14,1%, somente de Cruzeiro e Atlético). E entre os quase 20 milhões de moradores do estado, cerca de 60% têm predileção por clubes locais. 

Rumo às oitavas

Tiago de Melo

Com seis brasileiros e quatros argentinos entre os 16 classificados para os mata-matas, dificilmente o título da Libertadores deixará de ficar nas mãos de um dos dois gigantes continentais. Mas como o equilíbrio é a marca registrada do torneio, qualquer projeção é arriscada. O grande exemplo é o encontro entre brasileiros. O Atlético foi claramente a melhor equipe da fase de grupos, mas a derrota para o São Paulo na última rodada, o fato de reencontrar a mesma equipe nas oitavas e de ser um confronto entre gigantes brasileiros faz com que tudo possa acontecer.

Igualmente equilibrado é o confronto entre Palmeiras e Tijuana. O Verdão vem se superando por meio da entrega, mas os xolos possuem uma equipe mais forte e organizada que a do clube brasileiro. Não será surpresa se os comandados de Antonio Mohamed avançarem de fase. 

Já Corinthians x Boca, um "replay" da última final, pode até ser menos equilibrado do que se pensa. Mesmo com Carlos Bianchi e Riquelme de volta, os xeneizes ainda não se encontraram. A defesa é fraquíssima, e sofre com a bola nas costas, dada a lentidão dos zagueiros. Se conseguir fazer boas partidas, o Timão pode passar sem sofrer muito.

Vélez x Newell's é outro encontro imprevisível. Hoje são as duas melhores equipes argentinas. O Fortín tem uma defesa entrosada, o ótimo Gago no meio-campo e um ataque com muito poder de fogo. Já a Lepra tem um time sólido, contando com a participação desequilibrante de Scocco no ataque. 

Grêmio e Santa Fé também fazem um confronto complicado. Hoje a equipe colombiana joga um futebol melhor e mais consistente, mas com os ótimos jogadores que o tricolor gaúcho possui, é impossível cravar um favoritismo claro aos Cardenales.

Nacional e Garcilaso fazem o duelo de menor nível técnico das oitavas. Estreante no torneio, a equipe peruana festeja o fato de ter caído em uma chave mais simples e ter conseguido a vaga no mata-mata. O Bolso ainda não se acertou, tem tido dificuldades no Clausura uruguaio, e dificilmente pode sonhar com vôos mais altos. 

Tigre e Olimpia fazem outro encontro de prognóstico complicado. O Matador é uma equipe fraca, mas tem bons meias e surpreendeu ao se classificar fazendo cinco gols no Libertad dentro do Paraguai. O Decano liderou uma chave complicada na fase de grupos, e a princípio é favorito, ainda que tudo aponte para um duelo duríssimo.

Para o Fluminense a situação não deve ser tão complicada. O Emelec não mostrou bom futebol, e se classificou apenas em função dos quatro pontos que conseguiu nas partidas contra o Vélez. Uma vitória em casa, na estreia, e um empate com tons suspeitos, contra um Fortín muito pouco interessado em vencer os equatorianos e, com isso, classificar o Peñarol. Se o tricolor carioca conseguir jogar seu futebol, deverá se classificar.

Presente x futuro

"Esse time era dominante no futebol europeu (referindo-se ao Bayern da década de 1970). Agora, é o Barcelona quem domina... Mas estamos muito perto. Acho que, nos próximos 12 ou 18 meses, chegaremos ao nível do Barcelona, e aí poderemos discutir sobre o melhor Bayern de todos os tempos", disse Paul Breitner, em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN. A declaração do ex-jogador da Seleção alemã, campeã do Mundo em 1974, e hoje dirigente do Bayern de Munique, mostrou a frieza e o planejamento dos alemães para marcar época. Assim inicia o embate da semifinal entre Barcelona e Bayern. Um 'duelo' de gestões. Do presente versus o futuro.

A entrevista do dirigente Breitner mostrou como o confronto por títulos contra o Barcelona deve tornar constante nos próximos anos. Se o time espanhol já fez escola, marcou a atual década, o time alemão caminha para quebrar essa hegemonia da equipe azul-grená. E (voltar a) trilhar o caminho das conquistas.

As palavras do meia Xavi, do Barcelona, em entrevista ao site da Uefa, complementam as de Paul: "falta a identidade. No futebol, o resultado é um impostor. Pode-se fazer as coisas muito, muito bem, e não ganhar. Existe algo maior que o resultado, algo mais duradouro: um legado". O pensamento do craque catalão é o diferencial, e que fez de sua equipe vencedora nos últimos anos. E, seguindo esta linha, o Bayern contratou Pep Guardiola para treinar a equipe a partir da próxima temporada. Um planejamento de longa duração, e não somente em busca pelos títulos, resultados imediatos.

O embate, que se inicia na próxima terça-feira, dia 23, pode marcar uma nova época neste esporte. A época das equipes que não dependem de magnatas russos ou dos sheiks, com seus petrodólares. Uma época que mostrará ao esporte que a organização empresarial, negócios e o futebol estarão relacionados. Época que resgatará o futebol como paixão... Uma nova época.


Sem velocistas no ataque, Atlético foi batido pelo São Paulo.
Nas oitavas da Libertadores, Galo volta a enfrentar paulistas

Vinícius Dias

Com a classificação e o primeiro lugar geral garantidos, o Atlético entrou em campo na noite desta quarta-feira, diante do São Paulo, pela Copa Libertadores. Desfalcado pela dupla Bernard e Diego Tardelli, ambos em recuperação de lesões, o Galo foi superado pelo tricolor, por 2 a 0, com gols de Rogério Ceni, de pênalti, e Ademílson. Com o resultado, o clube paulista, que assegurou a 16ª melhor campanha na fase de grupos, será adversário do alvinegro nas oitavas de final do embate sul-americano, a partir de maio.

Na avaliação do técnico Cuca, o Atlético deve tirar lições do revés para, nas partidas eliminatórias, superar o rival brasileiro. "Foi uma partida de entrega total, e eles mereceram vencer. Não conseguimos aplicar nosso toque de bola, nossa movimentação", pontuou. O comandante alvinegro ainda exaltou a campanha e o aproveitamento superior a 83%. "Ficamos em primeiro lugar geral. Temos vantagem, perdemos no momento em que podíamos perder", analisou.

Cuca analisou revés como 'lição'
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

E nem a atuação apagada abalou a confiança de Ronaldinho Gaúcho. O camisa 10 alvinegro destacou o fato de, a partir das oitavas, o Atlético fazer as partidas decisivas em Belo Horizonte. "Lá (no Independência) é outra história. E eles sabem", falou. Para o meia-atacante, a equipe não deve escolher seus oponentes. "Independente do adversário que viesse, teríamos que vencer. Não muda nada", concluiu.

Tardelli poupado

Questionado sobre a ausência do camisa 9 Diego Tardelli, o técnico destacou ter preferido poupar o jogador a fim de evitar uma nova lesão. "Eu podia ter colocado o (Diego) Tardelli em campo, ter perdido para o restante da competição. Vamos nos preparar para ter o grupo inteiro no próximo duelo. (Para o embate das oitavas-de-final), eles terão as voltas do Luís Fabiano e do Jadson", analisou.

Bem-vindo, Gigante!

Gaaalooo! Saudações, massa!

Antes de começar a falar sobre o jogo de domingo, gostaria de salientar alguns pontos sobre a partida de ontem. Vimos um Atlético distante do normal. Sem Bernard e Diego Tardelli, não construímos jogadas rápidas. O ataque perdeu muito. O psicológico também era muito distinto entre as duas equipes. Enfim, o Galo irá mais forte para os próximos jogos. E será difícil, como seria contra qualquer outra equipe. A 'obrigação' continua a mesma. Bola pra frente!

Bom, a torcida tem um bom motivo para esquecer a Libertadores no final de semana. O Gigante da Pampulha voltará a ecoar apenas 'Galo', ante o Villa Nova, no domingo. É hora de a massa lotar o Mineirão, como fez em anos anteriores. Para variar, teremos quase lotação máxima neste jogo. Algo que, sem ser em um clássico, o Mineirão vai ver pela primeira vez. Mais uma vez a torcida do Atlético dá aula.

Deixando as brincadeiras de lado, será bonito ver a massa presente no domingo. Pois é no Gigante que nos faz sentir um pouco da grandeza deste Atlético. Embora não tenha como negar que o Independência é a nossa casa nos dias hoje. Além de as questões contratuais serem bem mais justas no campo do Horto, estamos invictos. Fazemos uma pressão que é vista em poucos gramados do país e, até mesmo, pelo continente americano.

Mas, seja no Horto ou fora dele, temos que vencer. Vencer para lavar a alma. Para tirar esta 'inhaca' que decidiu encostar-se na última semana. Para, somente, provar que a grandeza do Galo é muito maior do que os outros pensam. Este ano guarda bons frutos. E que no domingo, às 18 horas, volte todo mundo para casa feliz, buzinando e gritando 'Galo' pela cidade inteira. 

Seja bem-vindo de volta, Mineirão!

Dedé é do Cruzeiro

Vinícius Dias

Depois de quase uma semana, as negociações entre Cruzeiro e o Vasco tiveram final feliz para o torcedor estrelado. Capitão do Vasco e nome recorrente em convocações da seleção, Dedé, de 24 anos, desembarca amanhã, às 18h, em Belo Horizonte. Para ter o atleta, a cúpula celeste contou com a ajuda de dois investidores e desembolsou mais de R$ 14 milhões, que significam a contratação mais cara nos 92 anos de história cruzeirense.

Na Toca da Raposa, o 'Mito', como ficou conhecido pelos vascaínos, vai reencontrar Nilton e Diego Souza, ex-companheiros, e Marcelo Oliveira, que o dirigiu em 2012. O número da camisa já está definido: o defensor permanece com a 26, que utilizava no Vasco. Com contrato por quatro anos, Dedé sonha em repetir as exibições das últimas temporadas, para, assim, disputar a Copa, em 2014. 

Reforços para o Vasco

Ainda na negociação, o Vasco vai receber três jogadores da Raposa. Dois nomes já foram definidos: o do jovem meia Alisson, que deve selar seu empréstimo ao clube cruz-maltino nas próximas horas, e o do atacante Wellington Paulista, que deve se transferir, em definitivo, ao término do empréstimo para o West Ham, da Inglaterra.

Tudo azul - e o mito!

Salve, China Azul!

Ontem, diante do Nacional, o Cruzeiro conseguiu fazer aquilo que ficou faltando durante toda a primeira fase do Campeonato Mineiro: um bom jogo durante os noventa minutos. Já tínhamos vencido dois clássicos, conseguido viradas, buscado vitórias aos trancos e barrancos, mas ainda faltava uma exibição que convencesse de verdade. Ontem o Cruzeiro se impôs. Assim como no caso Dedé.

Uma vitória que, além da tranquilidade de saber que a primeira colocação na fase classificatória está garantida, também dá mais moral para o elenco que, a partir de agora, terá poucas chances de 'descansar' ao longo do ano. A próxima partida, contra o Tupi, talvez seja a última vez no ano em que Marcelo Oliveira possa escalar o time para fazer todos os testes que ainda quiser. Ricardo Goulart, Élber, Bruno Rodrigo e Léo, por exemplo, não são considerados titulares mas vão deixar o treinador pensativo por um bom tempo.

É a força do grupo que, em uma vitória convincente, deixa seu recado, se mostra cada vez mais pronto para brigar por todos os títulos que disputar esse ano.

Dedé na Toca

A contratação de Dedé, ainda não oficializada por motivos burocráticos, é muito mais que um simples reforço buscado pela direção. O Cruzeiro se posiciona no mercado e na vitrine do futebol nacional com um respeito que, sinceramente, achei que iríamos demorar muito mais para recuperar. Depois de anos contratando por baixo, sem entrar em leilão e apostando na política do bom e do barato, Alexandre Mattos, com o respaldo da diretoria, traz um dos melhores jogadores em ação no futebol brasileiro nos últimos dois ou três anos.

Isso tudo, aliado ao tanto que Dedé deve potencializar a defesa do Cruzeiro, vai muito além dos três pontos e do contrato assinado. Um projeto, um plano, um caminho bem traçado, com alternativas e uma pista principal bem pavimentada estão sendo construídos. Tenho muita fé de que todo esse empenho ainda vai render muitos frutos à Raposa.

Força, Cruzeiro!

Nacionais pela América

Diferentemente do Brasil, os demais países da América do Sul optam por um formato em que há dois torneios nacionais por ano. Em alguns casos, isso significa dois campeões nacionais a cada doze meses, como na Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Em outros, há um campeão único, como no Uruguai, onde o vencedor da temporada sai do confronto entre os dois campeões, cujo ganhador enfrenta o clube de maior pontos na somatória anual. Também há o caso do Equador, onde há duas "etapas", cada uma com seu campeão, com os dois se enfrentando no fim do ano.

Uma peculiaridade é que na América do Sul o principal torneio continental, a Libertadores, é disputada inteiramente no primeiro semestre do ano. Com isso, as principais equipes de cada país privilegiam o torneio internacional nesse período, abrindo espaço para surpresas, ou ao menos para candidatos que a princípio não eram tão cotados.

Na Argentina, por exemplo, Boca Juniors e o atual campeão Vélez Sarsfield têm claramente privilegiado a Libertadores. O que abre espaço para a ascensão do Lanús, atual líder do Torneio Final. O clube granate não tem grandes estrelas, mas sob o competente comando de Guillermo Barros Schelotto mostra um futebol muito organizado e no momento desponta como ponteiro, com dois pontos de vantagem sobre o Newell’s.

Do outro lado do Rio da Prata, o Clausura uruguaio segue muito equilibrado. O Danubio lidera com 15 pontos, seguido de perto pelo Peñarol, com 14, River Plate e Defensor, com 13, Nacional e Tanque Sisley, com 12. Cenário ainda mais surpreendente é o paraguaio, onde Olimpia, Libertad e Cerro Porteño estão na Libertadores (o último vivendo uma grande crise). O líder é o Nacional, com 19 pontos, três pontos à frente do General Díaz.

No Chile quem lidera é a Unión Española, com 25 pontos, cinco à frente de O’Higgins e Universidad de Chile. Os hispanos perderam o título do último torneio por um triz, ao levar gols do Huachipato no final da decisão, perdendo a taça nos pênaltis. Mas vale notar que La U acaba de ser eliminada da Libertadores, e pode ameaçar a liderança da equipe comandada por José Luis Sierra, ex-jogador do São Paulo.

Enquanto isso, o campeonato colombiano segue com a sua tradição de equilíbrio, e tem quatro clubes empatados em primeiro lugar, todos com 17 pontos. O curioso é que dois deles disputam a Libertadores (Independiente Santa Fé e Millonarios), enquanto os demais se dedicam apenas à liga doméstica (Pasto e Itagui). A grande exceção no cenário é o Equador, cuja liga é liderada pelo Emelec, que se classificou para a fase de mata-matas da Libertadores, mas consegue liderar o torneio local com 24 pontos, seis à frente de LDU e Deportivo Quito.


Com auxílio de investidores, time celeste fará nova tentativa
para ter beque; Ability garante interesse, diretorias se calam

Vinícius Dias

Nem mesmo a ótima sequência obtida neste início de temporada fez com que a diretoria celeste desistisse de um sonho antigo: a contratação do zagueiro Dedé. Titular da seleção brasileira no amistoso contra a Bolívia, disputado no último sábado, e um dos principais nomes da equipe cruz-maltina, o defensor, de 24 anos, pode acertar a sua saída nos próximos dias. E, contando com a ajuda de investidores, o time estrelado voltou à carga para tê-lo. 

Apear de desconhecer uma nova proposta da Raposa, o empresário Fred Souza, da Ability Sports, que tem 10% dos direitos do atleta, garante o interesse celeste. "Olha, interesse, tem. O assunto está sendo discutido entre Cruzeiro e Vasco. Eu não posso dizer em que pé está, até porque quem tem que ser beneficiado agora é, realmente, o Vasco. E o que for melhor para o time, o Cristiano Koehler (diretor geral do cruz-maltino) vai decidir com o presidente", disse.

Depois da negativa vascaína em janeiro último, o clube celeste enfrenta, no momento, a concorrência do Corinthians. Que, apesar de disputar a Libertadores, não tem vantagem na negociação. "A primeira proposta foi do Corinthians. Mas não acho que tenha vantagem. Os clubes estão de igual para igual. Até porque o Cruzeiro é tão grande quanto Corinthians. Pode até não estar, hoje, onde o Corinthians está, mas sempre foi grande", acrescentou.

Dedé (ao fundo) treina no Vasco
(Créditos: Marcelo Sadio/vasco.com.br)

Segundo informações dos bastidores, a Raposa contaria com a 'ajuda' de investidores e teria ofertado ao Vasco uma quantia em dinheiro, além de disponibilizar dois jogadores que não vêm sendo aproveitados, pela parte dos direitos que lhe cabe. Um deles é o zagueiro uruguaio Victorino, que não veste a camisa estrelada desde o revés para o São Paulo, ainda em setembro último.

Diretorias se calam

Oficialmente, no entanto, a cúpula cruzeirense não confirma a situação. Em contato telefônico com a reportagem do Blog Toque Di Letra, o diretor de comunicação do clube, Guilherme Mendes, se esquivou ao ser questionado sobre um possível reinício das tratativas com o Vasco. "Não tem nada de oficial. Se tiver alguma coisa, nós vamos passar para vocês (da imprensa)", assinalou.

Procurados pela reportagem durante esta quinta, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, e o diretor executivo da equipe carioca, Renê Simões, não atenderam às ligações.


Mineiro de Bom Despacho, atleta vascaíno publicou mensagem
enigmática em rede social; ex-agente desconhece a negociação

Vinícius Dias

Pouco movimentados depois da contratação do atacante Luan, ainda em fevereiro, os bastidores estrelados voltaram a se agitar nesta terça-feira. Fora dos planos do Vasco da Gama, o meia Renato Augusto, de 22 anos, aproveitou a passagem pela capital mineira para publicar uma mensagem com referência ao Mineirão no Instagram. Na rede social, a postagem foi interpretada como indicativa de uma possível negociação com o Cruzeiro, clube que manda seus jogos no estádio. A hipótese, no entanto, não foi confirmada na prática.

(Créditos: Instagram/Reprodução)

Em contato telefônico com a reportagem do Blog Toque Di Letra, Max Vianna, que representou o meio-campista até o mês de março, negou a existência de tratativas com a diretoria celeste. "Ele está em um grande clube, que é o Vasco, mas, no momento, não esta sendo aproveitado. E existem, sim, clubes interessados. Mas não há nada de concreto com o Cruzeiro", afirmou.

Desejo do atleta

No entanto, Vianna não descartou a possibilidade de, no futuro, Renato defender o clube azul. E revelou ter conversado com o técnico Marcelo Oliveira, que o dirigiu no Vasco, sobre a situação do volante. "Jogar no Cruzeiro é um desejo pessoal dele e, sem dúvidas, seria ótimo voltar a trabalhar com o Marcelo, que ele já conhece, num outro grande clube", disse. "Mas o jogador tem um contrato com o Vasco, qualquer situação depende deles", pontuou. 

Hora do vamos ver

Salve, China Azul!

O Cruzeiro estreia nesta quarta-feira diante do CSA, de Alagoas, pela Copa do Brasil. Agora vamos poder começar a ter uma noção do quanto esse time é capaz e se podemos, ou não, esperar algo mais promissor para comemorar depois.

Não que o CSA seja um teste assim tão complicado. Mas jogar um mata-mata, com certeza, é muito diferente do que disputar posição contra outros onze times, podendo chegar até em quarto para seguir adiante na competição. E é fato também que a Copa do Brasil é a "praia" do Cruzeiro. Já que estamos privados de disputar a Libertadores, vamos fazer desta Copa o nosso caminho de volta para a América.

O caminho pode até ser mais curto, mas também é o mais sinuoso. Não há margens para erros, e é muito bom que todo e qualquer tipo de euforia se restrinja apenas à torcida. Jogadores e comissão técnica precisam de foco, se quiserem brigar pelo título lá na frente, ainda mais sabendo que, depois, os times que estão na Libertadores serão incluídos na disputa.

De uma coisa eu tenho certeza: há anos o Cruzeiro não monta um time com tamanha "cara" de vencedor. Jogadores acostumados a disputar e conquistar títulos, misturados a jovens que estão entrando e a cada jogo procurando mostrar o seu valor. Já não temos a tão costumeira dependência de uma só peça e, num certame como a Copa do Brasil, isso é fundamental. É necessário que haja capacidade de se reinventar durante um jogo, durante uma disputa desgastante, etc.

Pois é hora de meter o pé na estrada e começar a trilhar o caminho que todo cruzeirense espera. Que seja sinuoso, sim, mas que nos leve de volta ao nosso lugar de direito.

Força, Cruzeiro!

É futebol... é goool!

Olá, cultboleiros!

Hoje trago até vocês um livro sobre o nosso amado esporte bretão, ou quase isso. Em Grito de gol - as vozes da emoção na TV, o mineiro Bob Faria, jornalista do SporTV e da Globo Minas, destaca os bastidores dos espetáculos esportivos, por meio de bate-papos com diversos ícones da locução brasileira. 

Figuras como Galvão Bueno, Luís Roberto, Cléber Machado, Milton Leite, Sílvio Luís, Rogério Corrêa e Jota Júnior contam sobre as suas trajetórias profissionais e etapas marcantes na profissão. Desde a adolescência de Galvão Bueno, nas quadras de basquete de Brasília e São Paulo, até a histórica cobertura da morte de Ayrton Senna, em 94, na Itália, quando Luís Roberto foi o primeiro jornalista brasileiro a noticiar o falecimento do ídolo da Fórmula 1. 

Por que ler?

Não raro, durante as partidas, vemos nos estádios torcedores com seus rádios no ouvido. Como o autor diz, o narrador é "personagem capaz de transformar um espetáculo, que às vezes é frio, em um espetáculo de mídia". Leva, portanto, magia aos ouvintes. "Está tudo na mão dele, por duas horas, sem roteiro nenhum", fala o jornalista. Então, por que não prestigiar pessoas que nos alegram, nos deixam tristes, a depender dos resultados dos times?

Acredito que, para os apreciadores deste espetáculo chamado futebol, é bom saber um pouco mais sobre os nomes que trazem grande parte das emoções por nós vivenciadas e imortalizadas. São histórias que o autor, Bob Faria, traz nesta obra, de 209 páginas, lançada pela Editora Leitura, em 2011.


Santos e Corinthians lideram o 'ranking' divulgado pela Pluri
Consultoria. Atlético é 'top 3', avaliado em R$ 185,9 milhões

Vinícius Dias

Com 87 participantes e voltando a contar com a participação dos clubes brasileiros envolvidos na disputa da Copa Libertadores, a 25ª edição da Copa do Brasil teve início na última quarta-feira, dia 03. Avaliada em R$ 3,3 bilhões, a Copa tem o maior valor de mercado entre as competições sul-americanas, segundo relatório divulgado pela Pluri Consultoria. Entre clubes, a dupla Santos e Corinthians e o Atlético Mineiro, de Ronaldinho Gaúcho, possuem os elencos mais valiosos, enquanto a Raposa figura na sétima posição.

Com o destaque para o atacante Neymar, avaliado em R$ 143 milhões, o Santos ostenta a liderança, com um elenco que soma R$ 299,5 milhões. Capitaneado por Alexandre Pato, contratado junto ao Milan por cerca de 15 milhões de euros, o Corinthians figura no segundo lugar, com o valor estimado em R$ 250,4 milhões. O Galo está em terceiro, avaliado em R$ 185,9 milhões. Fluminense e Grêmio, outros dois brasileiros na disputa da Libertadores, completam o top 5 do ranking. O Palmeiras está em décimo lugar geral.

(Créditos: Pluri Consultoria/Divulgação)

Além do Atlético, cinco times mineiros estão envolvidos no torneio. Com um elenco avaliado em R$ 140,7 milhões, o Cruzeiro, ainda invicto nesta temporada, aparece em sétimo lugar. O América, cujo plantel tem valor estimado em R$ 27 milhões, é o 28º mais bem colocado. O Tupi está no 43º lugar, duas posições à frente do Boa Esporte, time de Varginha que disputará a série B nesta temporada. E o Betim, na 60ª posição, fecha a presença mineira na lista.

Minas em terceiro

Na disputa entre os estados, Minas Gerais é superado, apenas, por São Paulo e Rio de Janeiro. Estado "recordista" em número de envolvidos na disputa, o paulista tem doze representantes que apresentam o valor de mercado total de R$ 910 milhões, enquanto o carioca, que possui sete representantes, foi avaliado em R$ 598,6 milhões. O estado mineiro, por sua vez, está representado por seis times - avaliados em R$ 393 milhões em conjunto.


Classificado para as oitavas de final, clube alvinegro põe à
prova a invencibilidade no Horto para ser o primeiro geral

Vinícius Dias

Depois de superar o Tupi no último domingo, por 4 a 1, e assegurar sua classificação para as semi-finais do estadual, o Atlético voltará a campo nesta quarta, às 22h, pela Copa Libertadores. O adversário da vez é o Arsenal de Sarandí, em duelo válido pela quinta rodada do Grupo 3. Com classificação para as oitavas confirmada, e mantendo série invicta de 42 partidas como mandante na Arena Independência, o Galo pode, em caso de vitória, confirmar o melhor desempenho entre os 32 clubes envolvidos na fase de grupos. 

VEJA MAIS: Réver: para a história...

Após sofrer luxação no ombro esquerdo, o avante Bernard é desfalque. Convocados para a Seleção Brasileira para a partida amistosa diante da Bolívia, o craque Ronaldinho Gaúcho e o zagueiro Réver são as principais esperanças dos torcedores alvinegros. "A gente tem o objetivo de entrar para a história deste clube, como a equipe que mais venceu de maneira consecutiva. Então, este é o nosso objetivo, queremos ganhar o máximo de jogos", afirmou R10.

O volante Pierre, que retorna à equipe titular após cumprir suspensão no duelo de domingo, no entanto, alerta para as dificuldades impostas pela proposta do jogo do time argentino. "Contra o São Paulo, eles mostraram como jogam fora de casa. Com uma equipe bastante fechada, com duas linhas de quatro, explorando os contra-ataques com jogadores rápidos", analisou. 

Em boa fase, R10 volta à seleção
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Com 11 gols anotados nas quatro primeiras partidas, o alvinegro tem o melhor ataque do torneio continental. O bom rendimento fará com que o clube comandado por Cuca enfrente um adversário de campanha inferior (hoje, seria o 16º) nas oitavas-de-final. Situação que não ilude o camisa 10. "E a gente sabe que a próxima fase da competição é complemente diferente e, por isso, estamos pegando jogo a jogo e sempre buscando a vitória", disse. 

Zagueiro-artilheiro

Com 20 gols anotados nesta temporada, o camisa 4 Réver é o artilheiro atleticano em 2013. O beque ficou a dois de ultrapassar a marca de 21 tentos que cabe a Luizinho, que defendeu o Galo entre 1978-1989, e se tornar o maior zagueiro-artilheiro da história alvinegra. E seu desempenho chamou a atenção do técnico Luiz Felipe Scolari. "Fiquei bem feliz ao ser convocado, era meu objetivo. Consegui com a ajuda dos companheiros", destacou o defensor.